Testes de Softwares – Avaliação Heurística

Já faz algum tempo que não publico artigos novos. Bem, estive durante este tempo a trabalhar no meu blog novo e com ele, vem mais um artigo. Hoje vim falar sobre testes em Softwares. Sim, testes. Todo bom software antes do seu lançamento passa por uma fase de testes, estes podem ser de vários tipos, mas no artigo o maior enfoque está virado para os testes baseados na critica – a Avaliação Heurística.

Todo bom software antes de passar para a fase de lançamento oficial – disponibilização para o público, passa por uma fase de testes, estes podem ser de vários tipos, neste artigo o maior enfoque estará virado para os testes baseados na critica – a Avaliação Heurística. Na maioria dos casos. realizam-se testes para assegurar que todos os requisitos necessários para o pleno funcionamento de um software encontram-se em condições adequadas para que o utilizador final possa desfrutar dos serviços proporcionados pelo mesmo sem complicações.

Fora a Avaliação Heurística ou testes baseados na crítica, existem outras formas de fazer testes em softwares, estes podem ser por via de testes empíricos, testes formais ou testes automatizados.

Testes Empíricos – estes são feitos com utilizadores reais, que testam o software e dão feedbacks baseados nas suas experiências e observações. Os testes empíricos são na base na tentava e erro, cada utilizador compreende o software a sua maneira.
Testes Formais – neste tipo de testes, são construídos modelos e fórmulas para calcular/medir a reposta ou comportamento do utilizador dependendo do ambiente em que este é colocado.
Testes Automatizados – no modelo de testes automatizados, são construídos ou utilizados outros softwares para testes dos softwares em desenvolvimento. Este modelo é facilmente aplicado em projectos de pequena envergadura e de difícil implantação para projectos de grande envergadura.

Nos testes acima citados, só em 2 ( testes empíricos e formais) é que precisamos de utilizadores reais, embora o processo de implementação seja diferente, enquanto que no teste empírico o processo é mais livre e a mais recolha de dados qualitativos nos testes formais acontece o inverso, o ambiente é mais controlado e respostas estão sempre dentro de um parâmetro. O testes automatizados por sua vez, vem de certa forma complementar a componente humana, dando mais respostas quantitativas, trazendo sempre, respostas relacionadas a performance a outras componentes técnicas do software.

Ainda no mesmo espetro de testes, encontramos outro tipo de testes que de certa forma é apoiado pelos utilizadores, mas mais especializados, são estes chamados testes baseados na crítica ou avaliação heurística, como o título do artigo sugere – os testes baseados na crítica são normalmente feitos por experts na área. Nestes, pode-se ter/conseguir feedbacks de alto valor.

Avaliação Heurística é um método de teste/avaliação de interfaces de softwares baseado em princípios de usabilidade. Os princípios são chamados de heurísticas pois são desenvolvidos a partir de uma série de experiências prévias, sintetizando pontos recorrentes. Este termo foi cunhado inicialmente por Jakob Nielsen e Rolf Molich em 1990. Por ser o elo entre o homem e o computador, as interfaces dos softwares, pautadas nas heurísticas, é necessário considerar os elementos relacionados à sua adequada estruturação: Arquitetura da Informação, Arquitetura de Design, Navegabilidade, Conteúdo e Interatividade, que relacionados entre si, definem a usabilidade de um de uma interface. No processo de avaliação a interface é submetida para diferentes avaliadores que darão seu parecer baseando-se em 10 princípios, as chamadas heurísticas (este tópico será tema principal do próximo artigo). Umas das maiores vantagens do feedbacks baseado na crítica é proporcionar a possibilidade deste ser feito em qualquer fase do projecto, sendo que poupa os utilizadores, para testes de outra natureza em fases mais avançadas, onde o feedback baseado no uso do software dentro de um contexto é indispensável.

Na avaliação heurística é importante dar destaque ao perfil do avaliador, o expert. Para que o teste tenha efectivo valor este tem de ser um profissional com experiência na área de engenharia de software com mais mais enfoque em analise de interfaces interactivas em aspectos concernentes as usabilidade.

Referências

  1. Why and How, Coursera 
  2. Avaliação Heurística, Corais
  3. O que é e como fazer uma Avaliação Heurística, Design Interativo
  4. Avaliação Heurística na análise de interfaces, UX Design