Reflexão #12: A alquimia da fama – o impacto da popularidade nas revistas

Venho liderando a revista Kabum por alguns meses, e durante este período aprendi uma meia dúzia de coisas novas.
Uma delas é sobre como as revistas ganham popularidade. Para contexto, adicionei neste artigo duas metáforas que me ajudaram na análise: efeito anti-gravidade e balanço gravitacional.

O “efeito anti-gravidade” é uma metáfora para à tendência das revistas em utilizar a popularidade de celebridades já consagradas para impulsionar sua própria reputação, como se elas estivessem desafiando a lei da gravidade e elevando-se cada vez mais. Ou seja, a presença dessas celebridades nas páginas das revistas atrai a atenção do público e aumenta a relevância e a popularidade dessas publicações, que passam a ser vistas como mais importantes e influentes. Essa relação é vista como uma espécie de “anti-gravidade” porque, enquanto as celebridades sobem em popularidade, as revistas também são levadas a um patamar mais alto de reconhecimento e prestígio.

Isso acontece porque as revistas são vistas como tendo um valor proporcional ao calibre dos entrevistados. Porém, essa abordagem acaba deixando de lado muitas pessoas relevantes, mas não tão populares, que não recebem a mesma atenção da mídia.

Por outro lado, quando as pessoas menos conhecidas aparecem na mídia, funcionam como uma espécie de gravidade no seu curso normal de funcionamento, isto é, para baixo, a revista reduz o seu impacto e torna-se menos relevante.

Mas, será que falar apenas de pessoas já conhecidas agrega algum valor para a sociedade, afinal, elas já são conhecidas?

A mídia tem um papel importante na divulgação de histórias e personalidades. Mas, é preciso refletir sobre o tipo de informação que está sendo transmitida. Falar apenas de personalidades já conhecidas pode levar a uma falta de diversidade de ideias e opiniões na mídia. Por outro lado, explorar ângulos não conhecidos sobre pessoas conhecidas pode torná-las mais populares e ampliar o alcance de suas mensagens.

Nós, na Kabum trazemos a segunda metáfora: balanço gravitacional.

Balanço gravitacional é aqui usada para se referir à distribuição do impacto e da popularidade de uma revista, neste caso a Kabum, entre pessoas famosas e pessoas menos conhecidas, mas que ainda merecem destaque. Assim como um corpo celeste com um balanço gravitacional bem distribuído é capaz de manter outros objetos próximos a ele em órbita, uma revista que equilibra bem a cobertura de personalidades famosas com outras menos populares pode manter o interesse do público em suas publicações.

Isso pode ajudar a ampliar a audiência da revista e torná-la mais relevante para um público mais amplo. Esta é a nossa estratégia para nos tornamos relevantes equilibrando influências positivas nos dias de hoje.